tag:blogger.com,1999:blog-51647469364260077742024-02-19T21:43:19.911-03:00Fogo nas VentasPatricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.comBlogger309125tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-48810291208158536582023-02-02T19:34:00.003-03:002023-02-02T19:37:42.463-03:00Ainda sonho<p>Ainda sonho com aquele rapaz menino, cumprido, cabelo sedoso, sorriso largo, dentes encavalados, desenhava mais ou menos, cheirava a kayak, beijava trêmulo, escrevia cartas, me achava engraçada.</p><p>Ainda sonho com uma pequena montanha, pasto verde, terra vermelha, bosta de boi, ninguém por perto, um córregozinho, água cristalina, pedrinhas, deu em xixi na cama.</p><p>Ainda sonho com um cabeludo, bebidinhas, filmes bons, filmes inacabados, músicas instrumentais, poesias de nós, livros só dele. Conversas, histórias minhas, mistérios dele, carnes, carnavais.</p><p>Ainda sonho com a sensação genuína de ter encontrado o amor, eu nem sabia o que era isso na época. Uma fita cassete movimentada com a caneta para economizar a pilha do walkman amarelo que reproduzia: " o amor é fogo que arde sem se ver".</p><p>Ainda sonho com a confusão que o desejo me causava e que me roubava a razão. Todos os sentidos sendo usados em sua máxima capacidade, nocauteando o cérebro cansado das precoces responsabilidades. </p><p>A experiência do primeiro amor e daquilo, que também pode ter sido amor, que causou notória conexão de corpos, uma mistura poética de liquidificador (sempre quiz parafrasear Cazuza com isso) que une sensações, imagens, sons, respirações, que me faz acordar querendo dormir. Mas calma aí, esse ainda não é o filme que se vê prestes a morrer. Tem muita vida ainda pra viver acordada.</p>Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-14326015083129608872020-07-20T17:07:00.000-03:002020-07-20T17:18:46.236-03:00Parceria poética com Seu Ribeiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/Csq25N06E1I/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/Csq25N06E1I?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Poesia de Patrícia Alhures e Música de Seu Ribeiro<br />
<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-78334434577923788522020-07-20T16:59:00.000-03:002020-07-20T16:59:02.059-03:00Ramones<br />
<div class="MsoNormal">
Razão, pulando na minha frente aos gritos, dizendo não<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Emoção chamando baixinho, com aquela voz doce e atraente<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E o coração, a espreita na greta, como um animal cansado que
já espera o abate.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A razão é fêmea astuta, sábia e de muita idade.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A emoção é um lindo moreno bem apessoado de trinta e poucos
anos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O coração é um menino assustado, perdido nos caminhos da
vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
E a cada hora, uma voz fala</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A razão com sua voz imponente e séria, repetidamente com a
mesma mensagem de alerta<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Como se segurasse uma placa vermelha de PARE, porque nessas
encruzilhadas da vida, ela aprendeu a emitir alertas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
A emoção tem aquela voz de quem amanhece apaixonado e vai para
o banho cantarolando uma MPB.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O coração tem voz fina, desafinada de menino imaturo, com medo de cair de
bicicleta e se ralar todo de novo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-54034225044605604462020-05-28T15:50:00.003-03:002020-05-28T15:50:51.698-03:00Pari no sarauSem dor<br />
Sem contrações<br />
O prazer de ser eu mesma, sem contradições<br />
Liberdade<br />
Pouca idade, muito hormônio<br />
As velas, os vinhos<br />
Noite de heterônimos<br />
Saía do primavera<br />
Voltava de madrugada<br />
Abraçava árvores<br />
Beijava gnomos<br />
Trilhava caminhos<br />
Amei palhaços<br />
Conheci Aleister Crowley<br />
Assisti meteoros<br />
Conversas ao pé do fogão<br />
Acendi muitas velas<br />
Apadrinhei um ipê<br />
Sangrei com violão<br />
Parimos uma poetiza<br />
Eu & Augusto dos Anjos<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-87479867461913914852020-05-13T20:25:00.001-03:002020-05-13T20:25:53.518-03:00Tarde friaCorpo quente<br />
Pés frios<br />
Vontades<br />
Olhos fechados<br />
Boca aberta<br />
Olhos cansados<br />
Decisão incerta<br />
Turbilhão de pensamentos<br />
Queria não pensar<br />
O lado bom e ruim do carpe diem<br />
Intensidade, momentos<br />
Corpo fresco<br />
Pés quentes<br />
Vivamos<br />
Nem tudo deve ser adiado<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-10559527764291162262020-05-04T13:57:00.000-03:002020-05-04T13:57:47.933-03:00Romântica<div>
O velho e bom acaso</div>
<div>
No portão em busca da filha</div>
<div>
Um reencontro</div>
<div>
Um abraço saudoso</div>
<div>
Um desejo pronto.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Duas vezes acaso</div>
<div>
Novo abraço longo e profundo</div>
<div>
Desejo de pegar no colo</div>
<div>
De acariciar a alma</div>
<div>
De beijar aquelas pálpebras chorosas</div>
<div>
De engolir aquele sorriso menino.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Passos esperançosos</div>
<div>
Palpitação oscilante</div>
<div>
Mãos trêmulas</div>
<div>
Borboletas no estômago</div>
<div>
Beijos na calçada.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Caía a noite</div>
<div>
Nascia o dia</div>
<div>
Sussurros de horas</div>
<div>
Madrugada com o fogão à lenha</div>
<div>
Amaciando a carne com apertos de mãos.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-87565173831185565722020-04-27T22:47:00.002-03:002020-04-27T22:50:58.984-03:00Planos<div>
Fotografar os ipês floridos da cidade.</div>
<div>
Plantar flores no quintal.</div>
<div>
Florescer na primavera.</div>
<div>
Tomar banho de chuva.</div>
<div>
Ver o sol nascer na rua.</div>
<div>
Desbravar montanhas, trilhas&trekking</div>
<div>
Renascer no moreno verão.</div>
<div>
Chupar caqui e me lambuzar.</div>
<div>
Fazer convites em folhas secas.</div>
<div>
Reinventar-me no outono.</div>
Ver as estrelas nas noites frias.<br />
<div>
Fazer fogueiras, comer poeira</div>
<div>
Rolar na grama e pegar carrapato</div>
<div>
Dar um beijo com quentão.</div>
Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-64572282010700336052020-04-22T23:24:00.001-03:002020-04-22T23:24:32.388-03:00Borboleta na gaiola<br />
Que constelações familiares teriam lhe abençoado enquanto ovo?<br />
Que jornada teria a cumprir enquanto larva nesse caminho terreno?<br />
Passarinhavam sonhos naquela cabeça de lagarta<br />
Borboletavam as puras pupas ideias<br />
De um dia voar coloridas nos céus risonhos<br />
Quantas manteriam suas vontades engavetadas?<br />
Ou deixariam o medo num casulo?<br />
É uma crise do crisálido existir<br />
Que deixa de ser verme para quem sabe um dia bater asas<br />
Borboletas não vivem em gaiolasPatricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-45279394668196805562020-04-22T23:02:00.001-03:002020-07-20T16:51:15.370-03:00Vagando<br />
<div class="MsoNormal">
Caminhei a passos lentos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Olhei para trás<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Olhei para os lados<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Perdi cabelos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ganhei kilos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Andei km em círculos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Até reconhecer uma saída.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Segui em frente<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Esfolei joelhos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desidratei cílios<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Calejei dedos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Experimentei salivas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cansei pulsos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Cortei impulsos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Segui firme em terra frouxa<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Plantei tulipas no deserto<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Afoguei suculentas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Podei samambaias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Perdi sambas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Conheci praias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enquanto sonhava com as cachoeiras<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vaguei casas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Esvaziei cômodos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Varri asas quebradas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Divaguei as meninices <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Inflamei pulmões<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Maltratei artérias<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pra não falar corações.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Remendei pedaços<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Me fartei de migalhas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Me esbanjei de farrapos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Rabisquei muros<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Plantei cercas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Roubei laranjas maduras na beira da estrada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ouvi “te amo” que não significavam nada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Busquei verdades<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Nos primeiros degraus da escada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Embriagada do passado<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apostei fichas em tudo ou nada<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Corri das verdades<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fugi dos espelhos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Escondi livros<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Ignorei sinais<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Segui vagando<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Por anos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas agora<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não quero mais.<o:p></o:p></div>
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-70429568680753051342020-04-22T09:00:00.001-03:002020-04-22T09:03:37.287-03:00Grito!Atração<br />
<div style="text-align: left;">
Cama</div>
<div>
Conexão</div>
<div>
Paixão<br />
Algo mais</div>
<div>
Laços...</div>
<div>
Alteração</div>
<div>
Karma</div>
<div>
Temperamento</div>
<div>
Ciúmes</div>
<div>
Proibição...</div>
<div>
Conexão</div>
<div>
Cama</div>
<div>
Promessas</div>
<div>
Laços</div>
<div>
Esperanças...</div>
<div>
Brigas</div>
<div>
Palavrão</div>
<div>
Chantagem</div>
<div>
Prisão</div>
<div>
Condicionamentos...</div>
<div>
Gritos</div>
<div>
Empurrão</div>
<div>
Ameaças</div>
<div>
Hematomas</div>
<div>
Maquiagem...</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Até quando?</div>
Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-42273170276072781292020-04-20T18:49:00.001-03:002020-04-20T18:49:25.465-03:00Eu mulherDemorou muito<br />
Mas eu aprendi a dizer adeus<br />
A tudo e a todos que não faziam parte do futuro<br />
Tenho três lindos filhos, felizes e inteligentes, que serão adultos esplêndidos<br />
Tenho uma cama queen onde cabem até três<br />
Meu quarto sopra ventos de um pedacinho de natureza com visão crepuscular<br />
Conheci lugares lindos e já estou pagando para romper novas fronteiras<br />
Minha festa de 30 anos foi planejada à minha maneira, que venha a de 75!<br />
Eu sou uma mulher livre e não nasci para nenhuma prisão<br />
Cicatrizes são provas de coragem, tatuagens balbuciam liberdade<br />
Sou uma mulher muito agraciada, inclusive de ocitocina<br />
Eu gosto muito dos meus cabelos, lábios e dedos<br />
Meu sentido mais aflorado é o olfato<br />
Hoje eu sou uma mulher que sabe o que quer<br />
Eu sou uma mulher que sabe o que não quer<br />
Vou chegar até as estrelas.<br />
<br />
<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-3831971706108809522020-04-16T22:38:00.003-03:002020-04-16T22:38:41.770-03:00Um tombo giganteNão estavam prontos,<br />
eram dois perdidos a procura de alguma coisa.<br />
Qualquer coisa, que preenchesse e que pudesse ser chamada de amor.<br />
E quando estariam prontos?<br />
Poderíamos dizer que estavam perto ou que jamais estariam.<br />
Tudo depende do ponto de vista de quem estaria contando a história.<br />
Mais do que o desejo do outro, estava o egoísmo primário em satisfazer as próprias vontades.<br />
Moldar o outro à sua maneira era a melhor forma de afirmação, para ambos.<br />
O caminho para as respostas era cansativo, clichê e careta.<br />
Ela fugia aos argumentos teóricos de um homem que conviveu por 7 anos com uma psicóloga e achava que tinha obtido o diploma de tabela.<br />
Ela sabia que suas intenções eram boas, mas quando Pedro fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo.<br />
Eram dois loucos sistemáticos.<br />
Eram irritantemente felizes embriagados,<br />
mas inevitavelmente esforçados na lucidez.<br />
Ambos com suas manias, seus hábitos de uma vida inteira,<br />
tentando se ajustarem às rotinas um do outro.<br />
Ela sempre fora sozinha, e por falta de opção, aprendeu a duras penas a cuidar do outro e esquecer de sí mesma.<br />
Quando ela se sentia ameaçada, era inevitável a tentativa de antecipar-se para evitar o pior, tinha mania de controle não pela manipulação, mas pelo medo de um novo fim.<br />
Ele tão orgulhoso, aberto para o melhor abraço do mundo e tão fechado para falar o que travava seu coração.<br />
Será que eram as perdas do pai e do irmão? Ou um trauma de infância que ele nunca contou para ela?<br />
As mulheres tem mais facilidade de falar de si.<br />
Ela o viu chorar algumas vezes com as histórias que ele trancava no peito.<br />
Ela viu a forma doce e rude que ele tinha para demonstrar amor e se reconheceu assim também.<br />
Tinham peças quebradas e achavam que poderiam encaixá-las.<br />
A vontade era enorme, diríamos gigante!<br />
A procura de ambos se arrastava há anos e quanto mais velha ficava a certidão de nascimento, mais o desespero comedido saltavam-lhes nos olhos.<br />
Fizeram tudo tão depressa, mergulharam nos desejos ilusórios de se completarem e se anularam...<br />
Arriscaram muitas tentativas de recomeços, duelos idiotas para aplicarem lições, cartões vermelho e aprendizados constantes.<br />
E graças ao diploma de tabela dele, tanto criticado por ela, ele deu-lhe uma chave para abrir uma porta.<br />
Os olhos do outro será sempre do outro, e por mais que você tente se colocar no lugar dele, nunca serão os seus!<br />
Ela passou pela porta e nunca mais voltou.Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-27129539397236920682020-04-13T20:03:00.000-03:002020-04-13T20:03:45.999-03:00Adeus sexo<br />
<div class="MsoNormal">
Tenho dificuldade de dizer adeus!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O eterno, o transcendental fala muito daquilo que eu
acredito ser divino. Eu ainda não descobri como associei o sexo a isso tudo,
devia ser um veículo rápido e de fácil acesso ao que eu achava ser o caminho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à fantasia mística daquela pedra dentro do ônibus, sempre
foi a única forma genuína que consegui me fazer presente.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus às tardes no seven, ao caminhar saudoso na escadaria
daquele prédio antigo sem elevador no Barro Preto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Deixo meu adeus às lembranças sujas e picantes daquele beco
de horrores na Padre Pedro Pinto.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Digo adeus ao homem que me ensinou a gostar de jazz.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Digo adeus ao homem com quem fazia amor enquanto cozinhava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que fazia eu me sentir nua só com um olhar.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem mais complexo dentro da sua simplicidade e
mais sereno com seu intelecto despretensioso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que é irritantemente interessante quando indica
filmes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus a quem incentivou o meu gosto pela sétima arte.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aquela mulher que mesmo depois do gozo queria que ele
passasse a noite ao seu lado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aquela mulher que criou ilusões de que poderiam ser
fieis um ao outro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aquela vontade de manter os cabelos dele sempre
soltos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao desejo de tê-lo sempre como a companhia preferida
para uma cerveja.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à menina que foi incapaz de olhá-lo nos olhos dentro do
supermercado.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que sempre foi bom ouvinte, bom comentarista,
é um dos poucos com quem sempre pude ser eu mesma.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que sempre fez eu me sentir desejada por ele,
mesmo gorda.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao primeiro homem a me levar para conhecer a cidade
maravilhosa, tentar voltar lá juntos foi uma tentativa necessariamente frustrante.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aquela mania de comparar todos os outros com ele.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aquela moça que viveu nos campos sujos e prazerosos do
seu fantástico mundo da imaginação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aquela moça volta à Avenida Antônio Carlos, naquela tarde
ela entra no ônibus Xangrilá a caminho de uma festa de verão. Ela tem bolsas e
roupas coloridas, todos os assentos estão ocupados, mas um homem gentil a
oferece lugar para sentar. Ela se recusa, ele oferece para levar sua bolsa, até
vagar lugar e se sentarem lado a lado. Falam de muitas coisas e ela, numa
necessidade de fazer-se interessante para ele mais do que pelos atributos
físicos, mostra-lhe um CD do Lô Borges, o livro que lia e sua pequena coleção
de pedras. Como se quisesse criar um laço, lhe entrega uma pedra e recebe um papel
com o número de telefone dele. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
15 anos depois o laço silencioso cintila memórias avulsas
numa análise introspectiva, é hora de pedir a pedra de volta e ressignificar as
experiências vividas, no ônibus, na cama e na vida.<o:p></o:p></div>
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-14050932006365211592020-04-13T20:02:00.000-03:002020-04-13T20:02:01.974-03:00Adeus Amor<br />
<div class="MsoNormal">
Tenho dificuldade de dizer adeus!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O eterno, o transcendental fala muito daquilo que eu
acredito ser divino.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Aqui estou para dizer adeus ao filho que não tivemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Deixo meu adeus ao quarto que nunca foi nosso, à briga romântica
que nunca tivemos por causa do ventilador.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Digo adeus aos planos de irmos morar em Aruba junto com seu irmão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Enterro toda a idealização do meu amor na minha festa de
15 anos, pela qual esperei anos para que acontecesse, pois ela seria nossa
carta de alforria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Digo adeus a dor física de uma surra, que nem foi tão grande
se comparada a perder você.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Vou tatuar por cima das cicatrizes para dar um novo
significado para as marcas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus a espera da nossa primeira noite juntos, como sonhei
ter feito amor com você, pelo menos uma vez nessa vida.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao ressentimento de pensar nas bocas amigas que você
beijou, eu achava que vocês sabiam o quanto eu te amava naquela época.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao cheiro de Kaiak que me perseguia, pois era
impossível não pensar em você quando sentia esse perfume na rua.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus aos fios dos seus lindos cabelos longos, negros e esvoaçantes
que passeavam numa bicicleta retrô pela rua em que eu morava.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus às belas mãos de dedos compridos, que pintavam muros e
desenhavam cartas de amor para mim.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao primeiro amor que eu pensei que seria eterno.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que invisivelmente frequentou meus sonhos por
20 anos, me assombrando por eu não conseguir chegar ao final da Av. Waldomiro
Barrel e atravessar a BR para vê-lo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que foi incapaz de me ver, quando eu voltei à
cidade justamente para encontrá-lo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à mágoa por meu pai ter sido mais um obstáculo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus ao homem que se casou com a mulher com quem me traiu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à culpa por tudo que fui sem querer ser.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à tudo que não foi possível ser.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus às falsas sessões de terapia, hoje elas são reais e profissionalmente
eficazes.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Adeus à necessidade de afirmação, ao medo de computar mais
uma desilusão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Agora a menina Patrícia segue a rua, passa pela casa da
Gisele, pelo restaurante, vê a casa da Maíse, segue em frente, atravessa a BR,
passa pela farmácia, segue a rua até a pracinha, lá pega a terceira saída à
direita e chega à<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>rua São Sebastião;
caminha nela, passa pela casa do Ney e chega a casa do Dizim, bate palmas, ele
atende, se olham nos olhos e ela diz: Adeus Valdir.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fim!<o:p></o:p></div>
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-44249793035973529432020-03-10T02:10:00.002-03:002020-03-30T01:48:03.195-03:00Eu & os homens34 anos, um diário, um blog e 8 caderninhos de anotações.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
4 álbuns de fotos, muitos filmes, algumas séries, boas viagens e uma tatuagem só.<br />
Vamos pular a parte dos kilos e dos homens, e suas respectivas quantidades, a análise aqui é qualitativa.<br />
Guarde sua curiosidade num lugar bem seguro.<br />
A linha era:<br />
Eu comigo mesma;<br />
Eu com os outros;<br />
Eu com o universo.<br />
A tarefa era relacionar as principais semelhanças e diferenças dos meus relacionamentos amorosos. Paraceu fácil, mas caraca! Deu trabalho levantar tanto defunto e recordar tantas lembranças.<br />
Dentre as semelhanças destaco, que sempre teve tato e pele, sendo a cama um bom lugar para solucionar os conflitos. Por todos eu me senti amada, uns mais e outros menos. Todos, tão diferentes, passaram pelo meu desejo de formatação condicional.<br />
Todos tinham certo comodismo perante a vida.<br />
Todos eles tinham dificuldade de tomar decisões, até mesmo a decisão de me deixar.<br />
Todos eram bons homens, com histórias tristes do passado ou da infância.<br />
Com todos eu quiz ser a mulher maravilha, mesmo que por poucos meses, mesmo sem me dar conta disto, não tinha necessidade de forçar a barra de que eu não precisava.<br />
Todos se foram.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-79644689170862983602020-03-09T18:59:00.000-03:002020-03-09T18:59:12.007-03:00Incríveis descobertasPrecipitava-se sempre<br />
Antecipava momentos<br />
Adiantava as despedidas<br />
Forçava os reencontros para se sentir necessária<br />
Queria ser foda<br />
Pra quê?<br />
Por quê?<br />
Pra quem?<br />
E havia quem falasse que ela era cheia de si<br />
Mas se buscava nos outros<br />
Andava perdida em si mesma<br />
Cansada das repetições<br />
Procurando respostas<br />
Falando horrores em silêncio<br />
Queria o novo<br />
Ela não se bastava<br />
O comum não lhe bastava<br />
Era só o começo<br />
Da reviravolta<br />
Da reforma<br />
Da resignificação da sua identidade<br />
Ou crise da meia idade?Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-58681098100418654952019-12-30T00:30:00.000-03:002019-12-30T00:30:08.742-03:00Fim de uma década A conclusão que eu havia chegado, é que havia uma lição sobre o amor para ser aprendida, pois quando algo se repete na sua vida é preciso um olhar diferente para suas gavetas, abertas ou fechadas. Fogo nas ventas nasceu como uma fuga, a minha maneira de dizer ao mundo que tinha o auto controle de não me atrever a amar. Era lascivo, depressivo, carente e mentiroso, pois nunca fui só sexo, e como pude pregar essa mensagem por tanto tempo?!<br />
Dizem que é a tal da coerência, o que se pensa, o que se fala e o que se faz né? Isso justifica o fato de ter diminuído a frequência da escrita, de ter rotulado as minhas poesias de eróticas. Hoje sei que eu queria dizer mesmo é exatamente o contrário, nunca quiz ser cobiçada ou desejada somente pela questão da sexualidade. Fogo nas ventas era o diário virtual porque eu queria leitores, queria companhia para não me sentir sozinha. Queria me sentir conectada a alguma coisa que no fundo era eu mesma. Quando inventei o diário físico, o blog foi se aposentando, pensei várias vezes em acabar com ele. Mas aí pensava melhor e só decidia não alimentá-lo. Ele é na verdade meu diário de bordo dessa aventura que é minha vida, que vem se acalmando com o passar dos anos. Mas convenhamos, são tantas emoções, que nem sei. Sigo, me desconstruindo para uma nova fase, que nem é por causa de inferno astral tá?!<!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/share/clipdata_191230_002927_169.sdoc-->Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-49072065975301733702019-07-26T19:37:00.002-03:002019-07-26T19:37:53.891-03:00Treze dias, treze anosPouca dilatação, cesariana!
Pôr do sol, cheiro de placenta, 49 cm, 3.851 kg e muito cabelo, isso explicava a azia. Meu bebê não chorou logo de início, mas eu sim!
Eu tinha 19 anos e não sabia o que estava acontecendo exatamente, meu bebê já tinha saído do quarto e eu continuava a ser costurada. Mas tudo bem até aí, durante três dias no hospital, meu pequeno estava comigo e eu pude aproveitar cada detalhe daquele menino que acabava de nascer, eu começava a experimentar do melhor amor do mundo.
Tive alta, fui pra casa da minha mãe, mas não dei conta de ficar lá e logo quiz ir para a minha casa. Sentia algumas dores, mas acreditava que estava tudo dentro normalidade, até que, numa tarde, ao receber a visita de uma amiga, ela percebeu que eu estava quente e febril. No final desse dia eu estava novamente no hospital e lá permaneci por mais longos 13 dias, sem meu filho.
O diagnóstico não saiu de primeira, minhas dores e dificuldade para respirar aumentavam, ninguém falava o que estava acontecendo comigo. Na troca de plantão dos médicos, um deles disse: " a próxima vaga no UTI é dela".
Maior do que as dores que pareciam facadas nas costas, era a dor do abandono. Sempre fui sentimental, mas sem meu filho e o pai dele comigo naquele momento, eu perdia a vontade de viver. Tudo bem que eu não podia receber o Miguel recém nascido, as chances de infecção hospitalar eram evidentes, mas eu esperava pelo homem que eu acreditava ser meu companheiro, pelo pai do meu filho, e ele não foi.
Foram as piores sete noites da minha vida no UTI, lá eu era a única que não estava em coma, e a cada dia saía um, não sabia se era por morte ou por melhora.
A minha febre não passava, meus seios estavam empedrecidos pelo leite que eu não amamentava, não podia doar o leite em função da quantidade de remédios que estava tomando. Assim, com duas enfermeiras nada sensíveis, uma em cada seio, vivenciei o que chamei de "rito da ordenha".
Foi necessário! Sem leite, sem febre. A infeção estava sendo controlada, pneumonia pós parto, medo, água na pleura, solidão e tristeza. Hoje eu entendo que o que eu tive foi depressão pós parto.
Hoje eu compreendo o emaranhado de sentimentos, a complexidade do parir, em todas as suas fases.
Só sai da fossa, quando ouvi duras belas palavras de uma senhora, companheira de quarto, que vendo minha situação me ajudou muito, me levando para os rolés no berçário do hospital, para ver todos os bebês recém nascidos e lembrar que o meu estava a minha espera.
Miguel hoje tem treze anos!Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-74190971825345855262019-06-07T21:49:00.003-03:002019-06-07T21:49:44.428-03:00Aliás Juntou seus cacos<br />
Montou um caleidoscópio<br />
Com cores vibrantes<br />
Que lembravam seus cortes<br />
Andava a espreita<br />
Cansada da espera<br />
Aguardava as voltas<br />
Embalava nas curvas<br />
Tinha tudo<br />
Inclusive imperfeições<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-35100356198543855842019-06-05T17:36:00.001-03:002019-06-05T17:39:05.086-03:00Sem vírgulas Éramos duas, ou melhor, éramos sete, somos muitas, com muitas caras e bocas e faces e responsas. Caralho! Quanta responsa. Quantas algemas e cintos e sintos e sintomas.<br />
Quantas regras e limites e horários e operários e claviculários trancando portas que deveriam estar abertas.<br />
Somos muitas, tendenciosamente surdas, mas não mudas, entendeu?<br />
Já fomos mais, ou menos, ou continuamos a mesma coisa num tempo diferente, numa nova era, tecnológica e revolucionária e inovadora e emponderada e fodas para todas as vírgulas pois eu gosto mesmo é de trema.Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-3384114684605982762018-11-04T19:58:00.002-02:002018-11-04T19:59:41.170-02:00FomesUma fome diferente<br />
Um novo apetite<br />
Um coração indigesto<br />
Estava onde achava que repousaria<br />
A antiga ideia do livre pertencimento<br />
Numa roupagem diferente<br />
Haja autoconhecimento!<br />
Me mostra autocontrole<br />
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-8359980102483212932018-11-04T19:48:00.003-02:002018-11-04T19:48:53.483-02:00AprendizadoUns lampejos<div>
Algumas memórias</div>
<div>
Solitárias bactérias do bem</div>
<div>
Aprendizado por observação</div>
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Observação da repetição</div>
<div>
Aprendizado!</div>
<div>
Levanta! Nem tudo se aprende deitado</div>
<div>
<br /></div>
Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-14869900287283620672018-06-28T20:46:00.002-03:002018-06-28T20:46:58.904-03:00Dicas astrológicas A ferida estava aberta e eu nem sabia <br />
Era um machucado pequeno <br />
Daqueles que só doíam quando nele encostavam<br />
Daqueles que também doem quando estão cicatrizando<br />
A dor também faz parte do processo de cura <br />
Dividindo espaço na ansiedade da espera<br />
Observando o tempo moldar minha paciência<br />
Com atenção astrológica às dicas:<br />
Desconstrução para uma mudança Destruição para uma perdaPatricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-27553016382053944842018-06-28T17:52:00.003-03:002018-06-28T17:52:41.815-03:00Exercício de paciência<br />
<div class="MsoNormal">
Escrevo com os dedos trêmulos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Leio com as pernas bambas<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Espero e me preparo para o que já sei<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Só não quero<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Um vício humano<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Desejo anímico<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Escrevo para mim mesma<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Me limito nos meus devaneios<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Não controlo sentimentos<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mas controlo atitudes<o:p></o:p></div>
<br />Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5164746936426007774.post-33898753035258586862018-06-28T12:49:00.001-03:002018-06-28T12:49:37.368-03:00Amar- Marília Pêra (Carlos Drummond de Andrade)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="270" src="https://www.youtube.com/embed/G3LIMueC124" width="480"></iframe>Patricia Alhureshttp://www.blogger.com/profile/08152387237160883425noreply@blogger.com0