Portanto a cabeça se calou
Os poros das árvores jorraram sêmem podre na minha face
Achei que nunca mais abraçaria uma árvore
Os pés descalços no asfalto quente
Duelos anímicos agitando mãos gesticulantes
Nuvens de nicotina na pleura enfumaçada
Lodo coagulado no raio da retina
Mar de vísceras curtidas na devassidão
Meu coração exala sentimentalismo
Carrega o corpo para escorregar nos anéis de saturno
Comendo borboletas azuis
Rolando na grama para me sujar com coisa limpa.
02/02/05

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