Um conto e ponto.

As pernas estavam bambas, o fato de dormir no ônibus despertou o teor alcólico adormecido  nela pela grande e bonita xícara de café com canela que tomara naquela manhã. O rosto era de ontem, amassada, literalmente, precisava de um banho para  retomar as forças, era só nisso que pensava enquanto descia do ônibus.
Desceu, os pensamentos  borbulhavam na cabeça, caminhava protegendo os olhos do brilho do sol. As chaves haviam desaparecido na enorme bolsa, e estava perdida em meio sua cinta. Nessa hora pensou, como se se importase com isso: " Além da cueca uma cinta! Puta que pariu,mas também não achei que fosse ser vista nua, e se soubesse, não teria tempo nem dinheiro nem vontade de fazer uma lipo, fodas, que pensamento é esse? Eu não estou me reconhecendo."
Abriu a porta e depois a geladeira, levou ao forno a batata que havia feito no dia anterior, batata com molho de  milho e queijo, estava boa, o queijo derreteu, comeu três pedaços e tomou um copo de suco pensando em algum prato que levasse leite materno nos ingredientes, claro, teria ressalva, a idéia não era dela. Não seguiu com esses pensamentos, tirou a roupa mais que depressa para tomar o tão desejado banho daquela manhã, quando sente o cheiro de sexo na sua cueca, ela ultimamente preferia as cuecas, eram mais confortáveis. Suas narinas estavam sendo acariciadas com aquele cheiro, não era fedido, era excitante, continuou cheirando, levantou, olhou-se no espelho, seu cabelo estava terrível, mas não iria lavá-lo. Colocou a toca , jogou a cueca no corredor, em cima do seu vestido e ligou o chuveiro, no morno. O chuveirinho lhe massageava, diminuiu a quantidade de água para aumentar um pouco a temperatura, e aumentou, gozou olhando-se no espelho e depois ficou corada, envergonhada consigo mesmo. Após lembrou-se de duas coisas:  " Se masturbar é fazer sexo com  a pessoa que você mais ama." Wood Alen, mas um orgasmo em conjunto é coisa rara.

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