PÉ, CANELA E CALCANHAR

Nas curvas daquele tronco
Vestia uma santa-liga que nos unia em cumplicidade, no feromônio
Comemos o pólen, roçamos na árvore
Apeteceu meu calcanhar magricela
Mas mocotó também é feito de osso
E muitos gostam...
A borboleta bateu asas
Balbuciou para aquele frio no estômago:
"Para cada pé descalço existe um chinelo velho"
Ele foi
Andou como se tivesse canela de cachorro
Mas voltou
Cheio de ojeriza
Comendo-me pelas beradas
E eu me dando por inteira
Naquele tronco, nada bronco
Ah! Mulher besta, vive faminta desse tal de amor.

Comentários

Brandt disse…
Texto com ares libertários, porém de bom gosto ;)