Olhos, a lâmpada do corpo.

O cantor não mirava nada


Seus olhos eram tristes janelas abertas

Vizinhas de um coração fechado

Onde não se via coisa nenhuma

Alguns silêncios foram prometidos, em vão.

Desabafos fragmentados

Seus cílios ululantes manifestavam-se

Queriam virar cachecol

Queriam ser borboletas

Seriam apenas cortinas para a lua que a noite não iluminava

Para a pupila que não se fechava

Inquieta, queria lembrar acordada.

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