Artemanha
Vem, me solta
Arranque-me um pedaço nas costas
Assopre seu hálito destilado
Ouça meus ossos assoviando ao seu lado.
Vai, me larga
Não diga nada!
Quebre a escultura, arranhe a moldura
No meu ateliê não há mais vaga.
Volta, me suja
Há algo em mim que quer ser só seu
Venha destilar seu hálito com o meu
Esculturar seus ossos
na minha moldura
Amansar esse desejo alado
Meu sexo, meu sangue e meu suor te pertencem
Planta no meu umbigo a sua semente
E não partas sem dizer Adeus.
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