O primeiro amor
Querido Arnaldo,
Talvez a figura física de um diário não se adeque mais aos dias de hoje em que desfrutamos das novidades tecnológicas e sofremos os dessabores da falta de tempo. Resolvi portanto, com a devida censura que o meio exige e que a minha privacidade orienta, escrever para você no meu blog, através de edições dos amores que já tive nessa vida.
O primeiro: Não necessariamente o primeiro em tudo, mas o primeiro amor, singelo, paciente e genuíno até o primeiro chifre.
Embora a pessoa fosse grande, todos o conheciam no apelido diminutivo. Não se pode simplesmente culpar o outro quando se deixa enganar. O primeiro amor de um nem sempre é o primeiro amor do outro, ainda mais quando se trata de descobertas, de emoções nunca vividas.
Eu, desde os primórdios apreciadora das qualidades literárias e das habilidades da escrita, me encantei pelo belo conjunto formado por duas canelas finas, mãos de cavaleiros do zodíaco e uma cabeleira vistosa.
Meus suspiros surgiam a cada exclamação e a cada reticência que remetia à eternidade do "nosso" amor que só era "meu".
Mas acreditar durante um pequeno período de tempo da minha adolescência, que eu não sentia aquilo tudo sozinha era a melhor opção, ao invés de acreditar que as cartas que amor que eu recebia dele era mero ensaio de dramaturgia.
Por ter a habilidade de atrair situações exóticas para minha vida, meu primeiro amor era quase um caso Romeu e Julieta contemporâneo. Pela força do destino nos separamos sem sequer nos despedirmos, e eu chorei meses pela dor febril de ter que me distanciar do meu primeiro amor, que eu achava que era eterno.
Juras de amor e planos para a maioridade eram os temas das cartas que trocamos mesmo após minha vinda para a Capital.
Até descobrir, que dentre tantas, ele escolheu uma magrela do 2º grau de família influente na cidade, mas não sem antes ter apreciado a também febril experiência de pegar uma das minhas melhores amigas.
Durante anos nos falamos sem cogitar a possibilidade de um reencontro: ele me achava engraçada.
Hoje, depois de 14 anos, nada mais revoltante que carregar umas cicatrizes no corpo e pensar: mas eu nem cheguei a fazer amor com ele.
Esse foi Arnaldo, um resumo lúdico, sem os detalhes tristes e dramáticos do meu primeiro amor.
Talvez a figura física de um diário não se adeque mais aos dias de hoje em que desfrutamos das novidades tecnológicas e sofremos os dessabores da falta de tempo. Resolvi portanto, com a devida censura que o meio exige e que a minha privacidade orienta, escrever para você no meu blog, através de edições dos amores que já tive nessa vida.
O primeiro: Não necessariamente o primeiro em tudo, mas o primeiro amor, singelo, paciente e genuíno até o primeiro chifre.
Embora a pessoa fosse grande, todos o conheciam no apelido diminutivo. Não se pode simplesmente culpar o outro quando se deixa enganar. O primeiro amor de um nem sempre é o primeiro amor do outro, ainda mais quando se trata de descobertas, de emoções nunca vividas.
Eu, desde os primórdios apreciadora das qualidades literárias e das habilidades da escrita, me encantei pelo belo conjunto formado por duas canelas finas, mãos de cavaleiros do zodíaco e uma cabeleira vistosa.
Meus suspiros surgiam a cada exclamação e a cada reticência que remetia à eternidade do "nosso" amor que só era "meu".
Mas acreditar durante um pequeno período de tempo da minha adolescência, que eu não sentia aquilo tudo sozinha era a melhor opção, ao invés de acreditar que as cartas que amor que eu recebia dele era mero ensaio de dramaturgia.
Por ter a habilidade de atrair situações exóticas para minha vida, meu primeiro amor era quase um caso Romeu e Julieta contemporâneo. Pela força do destino nos separamos sem sequer nos despedirmos, e eu chorei meses pela dor febril de ter que me distanciar do meu primeiro amor, que eu achava que era eterno.
Juras de amor e planos para a maioridade eram os temas das cartas que trocamos mesmo após minha vinda para a Capital.
Até descobrir, que dentre tantas, ele escolheu uma magrela do 2º grau de família influente na cidade, mas não sem antes ter apreciado a também febril experiência de pegar uma das minhas melhores amigas.
Durante anos nos falamos sem cogitar a possibilidade de um reencontro: ele me achava engraçada.
Hoje, depois de 14 anos, nada mais revoltante que carregar umas cicatrizes no corpo e pensar: mas eu nem cheguei a fazer amor com ele.
Esse foi Arnaldo, um resumo lúdico, sem os detalhes tristes e dramáticos do meu primeiro amor.
Comentários
“Parece que sofreu um bocado”. Mas já parou pra pensar que ele pode ter pensado que você estaria ”lá” esperando, e quando não a encontrou decidiu seguir a vida, buscando te esquecer, mas o primeiro amor nunca esquecemos, e sempre levamos um sentimento verdadeiro, mesmo que tenha que fingir que nada nunca aconteceu. Mas pode ter certeza, te amar pode ter sido a melhor coisa que o aconteceu, pois até então, ele não sabia o que era sentimento de verdade…
Pode ter te amando tanto, mesmo que seja de longe, com o pensamento puro e verdadeiro, sei que é verdadeiro, por serem tão jovens na época e isso não formulava ali pensamento só em sexo, mas sim em amor, e mesmo assim com tanto amor chegou uma hora em que ele devia te esquecer.