Delírio de terça

Acordei com saudade
A solidão é burra
E não tem memória histórica
Escute sua mãe menina
Não inventa de se apaixonar de novo
De novo não, pelo mesmo homem não

Falando de amores
Do primeiro ao "quarto"
Que ordem lhe aplico?
Que venha sempre aos sábados me lembrar o que ainda existe de inacabado?

Dúvida cronológica
O último fora o "quinto"?
Quem sai do inferno quer visitar o céu
Que número te dou?
Que nota?
Que manota te pontuar

Em mais de uma década você esteve em tantas "posições"
Eu te encaixei em cada buraco, em todos os vazios
Tua capacidade esplêndida de reacender os comigos de mim
Perder peso e alçar novos vôos
Desde que sejas meu coroa piloto

Nem primeiro, nem quinto
Escreva sobre o próximo amor
Larga deste que come pelas beiradas
Sem lógica nem razão
Por ele vou colorir as paredes da sala. 

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