Eu gosto sempre!

Uma esquisitice...
Bonito ver semelhança com Beauvoir
Mas só posso falar por mim...
Falar pelos meus olhos
Falar para uma pessoa estranha
Desse estranho amor
Quando me deito contigo
Declamo palavrões como quem recita poesia
Rasgo os lençóis de vontade
Vomito meu silêncio
Acordo palpitante de saudade
Planejo fugir com caneta e papel
Rabiscar sua volta uma semana depois
Degustar a presença pelo exagero da falta
Entoar minha respiração nas suas artérias
Depois do gozo um questionário amoroso
Permanecer no estranho encantamento
Penso em matar esse amor afogado
Mas quando meu corpo pára
Eu penso com calma
Nas boas histórias para a posteridade.

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