Borboleta na gaiola
Que constelações familiares teriam lhe abençoado enquanto ovo?
Que jornada teria a cumprir enquanto larva nesse caminho terreno?
Passarinhavam sonhos naquela cabeça de lagarta
Borboletavam as puras pupas ideias
De um dia voar coloridas nos céus risonhos
Quantas manteriam suas vontades engavetadas?
Ou deixariam o medo num casulo?
É uma crise do crisálido existir
Que deixa de ser verme para quem sabe um dia bater asas
Borboletas não vivem em gaiolas
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